Sítio Arqueológico da Pedra do Bisnau

No dia 02 de março tive a oportunidade de fazer uma Saída de Campo com a turma de Tópicos em Genética e Biologia Evolutiva, da professora Nilda Rojas da UnB.
A viagem foi para o sítio arqueológico da Pedra do Bisnau, que fica a cerca de 50 km de Formosa – GO, no lado direito da rodovia que liga Brasília com a Bahia.
Trata-se de uma laje de arenito de 6000 m2 e datada aproximadamente de 11.000 anos.
Nesta enorme pedra, encontramos inscrições, cuja datação não me parece ter sido feita. Um número enorme de inscrições, símbolos e marcas.
Aproveitei para fazer uns esboços rápidos da vista a partir da pedra e da pedra propriamente dita.

Pedra do Bisnau

Gostaria de ter feito mais esboços dos desenhos propriamente ditos, mas aqui em baixo estão alguns que eu achei muito interessantes.
É muito intrigante tentar imaginar o que eles poderiam ter significado para os humanos que os fizeram…
Por que foram feitos?
Por quem?
Em que ocasiões poderiam ter sido feitos?
Questões para as quais nunca tenhamos respostas!!!!

InscriçõesUma das plantas que mais chamou minha atenção, pois nunca as tinha visto foram as velózias brancas! Pena que a maioria já estava murcha. Cresciam na pedra, muito baixas e com as folhas com uma cobertura bastante pilosa que dava um aspecto de plumagem! Lindas! E com um efeito paisagístico muito bonito também.

Experimentando com Aguadas – Crassulaceae

Aproveitando o feriado do Carnaval, fiz esta pequena ilustração de uma Crassulaceae que fotografei na casa do meu amigo Welton. Aliás, lá é uma delícia para se encontrar modelos para pintar. Orquídeas e Cactos em profusão, além de várias plantas diferentes e exóticas…. Talvez eu continue mostrando outros modelos que fotografei por lá e pretendo ilustrar!

CrassulaceaeAs Crassuláceas são modelos perfeitos para se treinar aguadas. Apresentam tons suaves e muitas vezes com cores complementares como esta aqui com verdes e rosas (aproveitando a deixa da Mangueira que está desfilando hoje no Carnaval do Rio… ).

O trabalho com aguadas tem que ser muito lento, é obrigatório esperar que uma camada esteja bem seca antes de se acrescentar outra. Caso contrário, em vez de um efeito de soma de camadas temos uma mistura entre elas e muitas irregularidades tornam-se visíveis. Neste caso vemos que uma cor escura não precisa ser concentrada, basta uma mudança sutil na tonalidade que já se obtém o efeito desejado. Lembre-se, usar as cores sempre bem diluídas. O efeito é uma luminosidade que só mesmo a aquarela pode dar!

Campo S. Polo – a versatilidade da aquarela

Um dos maiores prazeres quando viajo, é ter um tempinho para sentar e desenhar, seja lá o que for que chamar minha atenção.

Muitas vezes, na hora não é possível acrescentar a cor, seja por não querer atrasar meus amigos quando viajamos juntos, ou o lugar não permite, ou o tempo não é favorável…

Mas sempre que consigo roubar uns minutos, tento fazer um esboço rápido com nanquim, ou melhor com uma caneta descartável, com tinta a prova d’água. Praticidade inquestionável. Algumas vezes a caneta é preta, outras, gosto de usá-la sépia ou sanguínea.

Neste esboço de um canto do Campo de San Polo, em Veneza, usei uma caneta comum de 0,2 mm (Unipin) e outra da Sakura, com ponta em pincel (Sakura Pigma Brush).

SanPolo

Como não deu tempo para colorir no local, o frio nem era tanto, mas estava mesmo cansado….  deixei para colorir no hotel agora a noite. Como tinha as cores frescas na cabeça foi fácil lembrar, porém umas anotações de cor são também uma boa prática… principalmente se depois não conseguimos colorir o desenho no mesmo dia…  a memória pode nos enganar!

Como de costume, estou usando um Moleskine para aquarela, tamanho médio. O papel é bom, aguenta bem muitas camadas de aguadas e tem uma textura que ajuda nas paisagens. Além do que seu tamanho é também prático para ser levado sem grandes complicações.

O Campo de San Polo é a segunda maior praça pública daqui de Veneza, depois da Piazza San Marco. Era uma área dedicada à agricultura e pastagem, mas em 1493 (imagine só) foi pavimentada e um poço construído no meio. Foi usado para corrida de touros, sermões e bailes de máscaras – até hoje um ponto de encontro favorito no Carnaval de Veneza. Até hoje é local de consertos e projeções durante o Festival de Cinema de Veneza. Agora no inverno tem uma pista de patinação no gelo e uma feirinha de Natal!

Um dos fatos curiosos que aqui aconteçeram foi  em 1548, quando Lorenzino de’ Medici foi assassinado, a mando de Cosimo I de’ Medici. Na verdade, Lorenzino era uma figura complicada, estando ele mesmo envolvido no assassinato do primo Alessandro de’ Medici. Quando ele morou em Roma ganhou o apelido de Lorenzaccio (Mau Lorenzo) por sua “mania” de decapitar estátuas na cidade….que figura…..

 

 

Saint James’s Park – Natal 2014

Saint James’s Park é o parque real mais antigo, bem no centro de Londres. Ele está cercado por três dos mais representativos palácios da capital inglesa.

StJamesPark

O antigo Palácio de Westminster – hoje o parlamento, o Palácio de Saint James  e claro o Palácio de Buckingham. Henrique VIII adquiriu o local, no qual havia um hospital para mulheres com hanseníase, e o transformou num parque de caça. Sua filha Elizabeth I utilizou o parque para inúmeras festas e cerimônias da corte. Mas foi apenas Charles I que redesenhou totalmente o local, abrindo-o para o público. Ele mesmo vinha frequentemente alimentar os patos, misturando-se com seus súditos!

Neste esboço eu utilizei apenas aquarela sobre um desenho muito simples feito a grafite. Apesar de ser inverno, o dia estava ensolarado e deliciosamente frio. Depois de andar um pouco, dava até para abrir o casaco. A fileira de árvores sem folhas forma um plano de fundo incrível.

No inverno, quando as árvores estão sem as folhas – pelo menos a maioria delas – é uma estação perfeita para se estudar a sua arquitetura, seus galhos e tronco. Pode-se aprender muito sobre as características de cada árvore pelo seu formato que é bem mais visível assim, sem as folhas. Depois de um tempo podemos reconhecer um carvalho, uma bétula, um olmo ou um vidoeiro.

Claro que não são as árvores do nosso dia a dia, mas em Brasília, com a seca do meio do ano – também nosso inverno – podemos aproveitar para estudar as árvores sem suas folhas. Reconhecer as árvores é uma habilidade que tenho procurado aprender… Não apenas por seus galhos e folhas mas também por seus troncos muitas vezes com texturas bem características que as permite distinguir.

Assim, por que não fazer um caderno de campo temático apenas com árvores? Poderia ser uma grande oportunidade de se estar mais perto da Natureza e aprender um pouco sobre o mundo a nossa volta!!!

Green Park – London

25 de dezembro de 2013, passeando pelos parques de Londres. Passamos pelo Green Park quando estávamos indo do St. James’s Park para o Hyde Park.

Dia ensolarado, apesar de inverno. Sol, céu azul e um frio delicioso. O ar é leve!!!

Green Park

Gostei deste alinhamento de árvores, castanheiros ou plátanos, não me lembro bem (um bom motivo para voltar e conferir…). A luz inclinada do inverno, especialmente num dia assim ensolarado dá uns efeitos lindos. Acho que consegui captar um pouquinho daquela luz neste esboço.

Usei um moleskine pequeno, são mais práticos para se carregar em viagem. Como de costume, fiz o desenho no local, usando uma caneta Unipin 0,1. O importante é prestar atenção se a tinta é a prova d’água, pois caso contrário pode borrar e não ser o efeito que e quer naquele desenhos. Em várias outras ocasiões eu escolho caneta de tinta solúvel, mas o efeito é totalmente diferente e neste caso, não me importo com as cores, apenas com os valores.

Depois, a noite, já de volta no hotel colori com aquarela,  quando ainda tinha fresco na memória as cores deste dia especial…